O Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: José, Filho de Davi, não tenha medo de receber Maria como esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e você lhe dará o nome de Jesus. José fez como o Anjo do Senhor havia mandado. Levou Maria para sua casa e deu ao filho de Maria o nome de Jesus (Cf Mt 1, 20-21.24-25). São José foi o escolhido por Deus para ser o acolhedor da vida humana de Jesus e o companheiro de Maria nesta acolhida.
Maria e Giustina Schiapparoli, as Fundadoras de nossa Congregação, também percorreram este caminho de acolhida. Em sua casa, foram muitas as meninas que tiveram suas vidas restauradas e dignificadas pela ação providente das duas irmãs que, como São José, não hesitaram em oferecer-lhes acolhida, educação e preparação para a vida.
A vida de São José continuou, percorreu e percorre a história de nossa Congregação, pois o serviço de acolhida e dedicação aos mais vulneráveis perdura ainda em nossos dias. Em nossas casas e comunidades, a devoção a São José é uma constante. Ele é visto por nós como testemunho vivo da confiança na Divina Providência. Sua imagem, venerada em alguma parte especial da casa, é sempre um convite a confiarmos na Divina Providência.
Nossos livros de vida contemplam esta devoção a São José. No Capítulo sétimo, artigo 75 das Constituições IBDP, está escrito: “Seguindo as sãs tradições do Instituto, (…) a Irmã venere São José, como exemplo de total abandono na Divina Providência”
E no Diretório Geral IBDP, Art. 78: “Veneremos, de modo particular, São José, fazendo sua comemoração às Vésperas de todas as quartas-feiras; na primeira quarta-feira do mês, recitemos sua ladainha. A sua festividade seja precedida por um tríduo de orações”.
Quando nossas primeiras irmãs missionárias, em 1936, vieram para o Brasil, chegando a Nova Veneza-SC, no dia 28 de fevereiro, chegaram imbuídas de confiança na Divina Providência e com grande devoção a São José. Eram sete irmãs. A responsável pela missão, Irmã Faustina Oldani, era grande entusiasta e seu exemplo encantava quando o assunto era São José.
Para os momentos de oração que Irmã Faustina fazia diante da imagem de São José eram convidadas as crianças acolhidas, as aspirantes, as irmãs e algumas outras pessoas que estivessem na casa. Com ela, as pessoas convidadas invocavam graças, agradeciam, louvavam e exaltavam São José. Irmã Faustina tinha nomes carinhosos para São José, um deles é “Bepinho”.
Neste dia 16 de outubro de 2021, somos nós que temos a alegria de rezar, cantar, silenciar, contemplar, agradecer, aprender com São José, pois recebemos em nossa comunidade, na Casa Provincial, em Curitiba-Paraná, o Ícone de São José, trazido pelo Padre Sergio Lima, do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, juntamente com o Frater Alcimar e membros da Arquiconfraria dos devotos de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Que a presença do ícone de São José, em nossa comunidade, seja mais uma oportunidade para crescermos no confiante abandono na Divina Providência e no ACOLHER, ASSISTIR e EDUCAR, como São José acolheu e cuidou de Jesus e de Maria.
Irmã Elza Cipriano Albino
Curitiba-Paraná
